O relatório anual da Comissão Americana de Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF da sigla em Inglês) pode ser um lembrete útil sobre a perseguição enfrentada por nossos irmãos e irmãs.
O relatório de 2022, divulgado no dia 25 de abril, destaca a ameaça perpétua à vida dos Cristãos no Afeganistão.
Também destaca a gravidade da perseguição enfrentada pelos Cristãos de minorias étnicas no Myanmar, que aumentou desde o golpe militar de fevereiro de 2021.
No entanto, permanecem pontos de interrogação sobre se as recomendações da USCIRF podem fazer mais mal do que bem.
Por exemplo, a USCIRF recomendou que o Egito seja adicionado à Lista Especial de Observação (SWL da sigla em Inglês) do governo dos EUA por “engajar ou tolerar violações graves da liberdade religiosa”.
No entanto, nesta semana, pudemos relatar a libertação sem acusação de nove Cristãos presos por se envolverem em um protesto pacífico. Na semana passada, informamos que um homem acusado de matar um ministro da igreja foi rapidamente preso e acusado de assassinato, enquanto o governo Egípcio concedeu licenças a mais de 239 igrejas. No início deste ano, um Cristão foi nomeado presidente do Supremo Tribunal Constitucional do Egito.
Questões semelhantes podem ser levantadas sobre as recomendações de que o Iraque e a Turquia sejam incluídos no SWL e a recomendação de que a Síria seja designada como um País de Particular Preocupação.
Se a USCIRF conseguir persuadir o governo dos EUA a tomar medidas contra esses países, isso pode endurecer as atitudes oficiais em relação aos Cristãos e outras minorias religiosas, que já são frequentemente vistas como aliadas às potências estrangeiras e Ocidentais.
Existe o risco de que a censura Ocidental aos governos nacionais em nome da liberdade religiosa possa desfazer o progresso que foi feito até agora.