A existência de Burkina Faso está em perigo devido aos militantes Islâmicos, alertou o capitão do exército Ibrahim Traore quando foi empossado como presidente interino do país no dia 21 de outubro.
“Estamos diante de uma crise de segurança e humanitária sem precedentes”, disse Traore, que depôs o seu antecessor, o líder militar Paul-Henri Damiba, em um golpe de Estado no dia 30 de setembro.
“Nossos objetivos não são outros senão a reconquista do território ocupado por essas hordas de terroristas”, acrescentou. “A existência de Burkina está em perigo”.
O próprio Damiba tomou o poder em janeiro, expulsando o último presidente eleito de Burkina Faso, Roch Kabore.
Ambos os golpes resultaram da revolta dos soldados perante o fracasso das autoridades em conter grupos Islâmicos que realizaram ataques implacáveis contra civis, muitos dos quais direcionados a Cristãos, ao custo de milhares de vidas.
Desde 2015, a violência jihadista se alastrou a partir dos vizinhos Mali e Níger, afetando a maioria das regiões de Burkina Faso, principalmente o norte e o nordeste do país.
Estima-se que grupos Islâmicos controlam pelo menos 40% do país e que dois milhões de pessoas tenham sido forçadas a abandonar as suas casas por causa da insurgência.
De acordo com um relatório recebido de um parceiro de projeto do Ajuda Barnabas no início de outubro, mais de 6.000 escolas estão fechadas, 50.000 professores estão sem trabalho e muitos milhares de crianças não têm educação.
“Nunca antes experimentamos o que agora estamos vivendo”, disse um contato Cristão ao Ajuda Barnabas.
“Os terroristas impedem as pessoas de cultivar”, acrescentou. “Os celeiros e armazéns foram destruídos em muitas vilas. Eles levaram todo o gado”.
Outro contato Cristão nos disse que os ataques dos jihadistas têm fechado igrejas, escolas e outros serviços públicos. “O golpe de Estado aumentou o medo e a ansiedade da população”, ela nos contou.
Informações de contatos do Ajuda Barnabas, assim como de outras fontes
Peça ao Senhor que leve a paz a Burkina Faso. Ore para que nossos irmãos e irmãs permaneçam firmes em sua fé, sabendo que Deus é sua rocha e seu refúgio. Peça sabedoria às autoridades do país para que encontrem solução para a violência.