Os slogans têm um grande poder. Eles capturam verdades e cativam vidas. Há cinco slogans que resumem os grandes princípios da fé Protestante. Os Protestantes fiéis são limitados e se comprometem com estes cinco pilares. É vital revisitá-los e lembrá-los de vez em quando, e ser reacendido por eles: Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solus Christus, e Soli Deo Gloria.
Para os Protestantes, “somente a Escritura” é a mais alta autoridade quando se trata de vida e vivência. A Bíblia se autoidentifica assim: “Toda Escritura é inspirada por Deus” (2 Tm 3.16). A autoridade da Bíblia é premissa sobre a autoria da Bíblia – o próprio Deus. Como Deus é o autor último da Bíblia, a Bíblia é a autoridade final.
Há, sem dúvida, Cristãos que afirmam que a Igreja e suas tradições são tão autoritárias, se não mais autoritárias, do que a Bíblia. A história da Igreja primitiva, no entanto, não confirma isso. Quando lemos as Epístolas no Novo Testamento, descobrimos que, uma e outra vez, os primeiros apóstolos corrigiram as más interpretações e repreenderam as más práticas da igreja através de seus escritos, que agora fazem parte da Bíblia. A Igreja, em outras palavras, ficou abaixo e foi corrigida pelas Escrituras, e não o contrário.
Há também Cristãos que dizem que as Escrituras em si não afirmam ser a autoridade final. Ao contrário, a Bíblia apenas aponta para Cristo a quem “toda autoridade no céu e na terra” foi dada. Para eles, é Cristo, não a Bíblia, que é a autoridade última e final. Mas tal ponto de vista está equivocado.
Escolher entre a autoridade de Cristo e a autoridade da Escritura é um falso dilema. A escolha não é um ou outro/ou.
Segundo J. I. Packer, “A Sagrada Escritura … é o instrumento de governo de Cristo: vem a nós, por assim dizer, de Sua mão e com Seu selo sobre ela, pois Ele mesmo nos recomendou o Antigo Testamento como tendo a autoridade de Seu Pai, e Ele mesmo autorizou e deu poder aos apóstolos para falar em Seu nome, por Seu Espírito e com Sua própria autoridade. Portanto, a forma de curvar-se à autoridade de Jesus Cristo é precisamente curvando-se à autoridade das Escrituras inspiradas”.
Ao reivindicar a autoridade final da Bíblia, não estamos, entretanto, dizendo que toda e qualquer verdade é dedutível – isto é, logicamente concluída – das Escrituras. Há muitas outras verdades – científicas, filosóficas, matemáticas, geográficas, psicológicas, médicas, etc. – que não podem ser encontradas ou deduzidas diretamente da Bíblia.
Mas o que nós insistimos é que qualquer verdade deve ser, em última instância, reconciliável com a Bíblia. Isto requer grande esforço e cuidado na interpretação das várias verdades do trabalho e do mundo de Deus, por um lado, e das grandes verdades da palavra de Deus, por outro. A Bíblia, lida e interpretada ao pé da letra (que nem sempre é literal), supera todas as outras verdades que a contradizem. Este é o princípio da sola Scriptura.
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