Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar (João 16:22).
A Palavra de Deus é um farol brilhante de consolo e esperança, perdurando através dos séculos, transcendendo as fronteiras culturais e penetrando profundamente no âmago do coração humano. Nesse versículo, Jesus nos mostra sua promessa não apenas de afastar as sombras dos momentos mais sombrios da vida, mas também de nos dar uma visão transcendental que redefine nossa compreensão da tristeza e da alegria. Ao considerarmos a capacidade dessa promessa de cruzar culturas, somos lembrados de que as lutas, preocupações e anseios humanos são aspectos que todos compartilhamos, independentemente de origem ou contexto. É como se essas palavras de Jesus servissem como uma ponte que une a humanidade, proporcionando um terreno comum onde todos podem encontrar conforto e esperança, independentemente de diferenças culturais ou circunstâncias pessoais.
O poder transformador dessa promessa é realmente incrível. Quando você se encontrar em um período de profunda dor, quando a escuridão cobrir todos os aspectos da sua vida. Nesse momento, a promessa de Jesus aparece como uma estrela brilhante no céu noturno. Ela ilumina os cantos mais escuros da alma e oferece uma perspectiva diferente. A dualidade de tristeza e alegria é redefinida por esta promessa. Não é uma negação das verdadeiras emoções humanas, mas uma mudança na forma como as experimentamos. O luto não é mais um beco sem saída, mas uma parte inevitável e temporária de nossa jornada. A alegria não é apenas um sentimento temporário, é um estado de espírito permanente enraizado na esperança e na promessa de um reencontro com algo maior do que nós mesmos.
Em nossa caminhada espiritual podemos ser assaltados por dúvidas e angústias diversas. “O rio da vida frequentemente flui através de pântanos de desânimo”. Charles Spurgeon[1].
Em alguns casos, travamos batalhas que são consequência de nossas próprias ações e erros cometidos no passado. Em outros momentos, as angústias que enfrentamos são decorrentes de perseguição, calúnia e inveja.
Se você se sente sozinho nos desafios da vida, está em boa companhia. Os grandes homens e mulheres de fé já foram à nossa frente e superaram esta barreira.
Moisés por quarenta anos longe de seu povo, cuidando de ovelhas e depois mais quarenta anos de liderança e controvérsias enquanto vagava no deserto. Elias acreditando que era o único profeta que restou em Israel. Abraão pensando que foi abandonado por Deus e sem esperança de ter filhos. Ester sozinha contra o rei da Pérsia.
Como eles, nós vivemos momentos de angústia e de tristeza. Contudo, somos conduzidos pela bondosa mão de Deus. Os sofrimentos são temporários e leves em comparação com a glória eterna vindoura. Este é o grande paradoxo da vida cristã.
2 Coríntios 4:16-18 “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Deus nos assegura, em Sua Palavra, que nossas vidas não estão sendo conduzidas por um destino cego ou pelo acaso frio e impessoal, mas tudo o que acontece em nossas vidas coopera para o bem. Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Romanos 8:28 (NVI).
A Bíblia nos ensina a crer e ver que toda a história humana é dominada pelo poder de Cristo. Isto significa que o resultado de todas as coisas com certeza será bom e não mau; que o propósito redentor de Deus será finalmente realizado e que apesar de tantas vezes a tristeza, a dor, a morte parecerem tão fortes, Deus é soberano!
Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar (João 16:22). Uma das promessas mais profundas contidas neste versículo é a duração da alegria oferecida. Jesus afirma que essa alegria é eterna, imutável e inabalável. Nenhuma adversidade, dor ou sofrimento pode tirar de nós a alegria que a presença de Deus traz para nossas vidas. É um lembrete de que a verdadeira alegria não é superficial ou temporária. É um estado de espírito baseado na convicção da graça de Deus que transcende as flutuações temporárias.
Finalmente, a Palavra de Deus nos convida a olhar além de nossas circunstâncias atuais e aceitar a promessa de Deus de esperança e alegria eternas. É uma mensagem atemporal e reconfortante, um lembrete de que existe uma luz brilhante para nos guiar e sustentar apesar das tempestades da vida.
[1] ESWINE, Zack. A Depressão de Spurgeon: Esperança realista em meio à angústia (p. 6). São José dos Campos: Fiel, 2015. Edição do Kindle.