“Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e concede-nos a tua salvação.” (Salmo 85.7)
A Bíblia afirma que Deus nos ama, uma verdade que é ao mesmo tempo simples e profunda. Amar verdadeiramente alguém implica fazer o melhor possível por essa pessoa. Assim como os pais que amam seus filhos se esforçam para oferecer o melhor a eles, Deus faz o melhor possível por aqueles que ama.
A maior demonstração desse amor foi enviar Jesus Cristo como nosso Salvador. O pecado nos separou de Deus, criando um profundo abismo entre nós e a plenitude da vida que Ele deseja para nós. Em nossa busca por satisfação, frequentemente procuramos preencher o vazio do nosso coração com coisas que nunca conseguem realmente saciar nossa fome espiritual. Sentimo-nos incompletos e insatisfeitos porque estamos buscando em lugares errados, tentando encontrar alegria e paz em bens materiais, realizações pessoais ou até mesmo em outras pessoas. No entanto, esses esforços são sempre insuficientes e temporários.
A salvação nos reconcilia com Deus, restaurando o relacionamento quebrado pelo pecado e permitindo-nos experimentar a verdadeira plenitude de vida. Através da salvação em Jesus Cristo, recebemos perdão para nossos pecados e a promessa de uma vida abundante. Como está escrito em João 10.10, Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Essa vida abundante não se refere apenas a bênçãos materiais, mas a uma profunda paz, alegria e propósito que só podem ser encontrados em um relacionamento íntimo com Deus.
Além disso, a salvação nos liberta da escravidão do pecado. Romanos 6.23 nos diz que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Sem a salvação, estamos destinados a uma existência de separação eterna de Deus. Mas com a salvação, recebemos a promessa de vida eterna e a oportunidade de viver uma vida que verdadeiramente reflete o amor e a graça de Deus.
Portanto, a salvação é essencial não apenas para nossa vida eterna, mas também para a qualidade de nossa vida presente. Ela nos oferece um novo começo, uma nova identidade em Cristo, e uma nova direção para nossas vidas. Em Cristo, encontramos a verdadeira satisfação e a resposta para o vazio que antes tentávamos preencher com coisas passageiras. A salvação nos chama a uma vida de propósito e significado, vivendo em comunhão com Deus e em amor com os outros.
A prova do amor está na capacidade de sofrer pelo objeto de sua afeição. A cruz é a manifestação culminante da realidade do amor ilimitado de Deus. Como está escrito em 1 João 4.9-10: “Foi assim que Deus manifestou seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
E em Romanos 5.8, lemos: “Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Além disso, João 3.16 declara: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
James I. Packer, em seu livro “O Conhecimento de Deus”, explica: “O amor de Deus é o exercício de sua bondade para com os pecadores individualmente, pelo qual, tendo se identificado com o bem-estar deles, deu Seu Filho para ser seu Salvador, e agora nos leva a conhecê-lo e beneficiar-se dEle num relacionamento de aliança divina.” A afirmação mais profunda que Packer faz é que Deus voluntariamente ligou Sua própria felicidade ao bem-estar do ser humano. Deus estava feliz sem o homem e poderia continuar assim. Ele teria continuado feliz se houvesse destruído o homem depois do pecado, mas Ele dedicou Seu amor a esses pecadores, significando que Ele resolveu condicionar Sua felicidade à nossa. Deus não nos salva somente para Sua glória, mas também para Sua satisfação.
Ao entender o amor de Deus, somos chamados a responder a esse amor de forma prática em nossas vidas. Devemos refletir esse amor em nossas relações interpessoais, buscando o bem-estar dos outros como Deus busca o nosso. Assim, somos convidados a viver uma vida de amor sacrificial, refletindo o amor que recebemos de Deus.