Os relatos da morte do Estado Islâmico foram muito exagerados.

O grupo terrorista foi declarado derrotado em 2019, depois de perder a parte final do seu território na Síria.

No seu auge, apenas alguns anos antes, o Estado Islâmico (EI – ISIS, ISIL, Daesh) governava um califado que cobria um terço do Iraque e um quarto da Síria, incorporando oito milhões de pessoas.

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Um combatente do Estado Islâmico no Iraque em 2021 [Crédito da Imagem Wilson Center] 

Esta semana, o Departamento de Defesa dos EUA informou que o EI realizou 153 ataques no Iraque e na Sìria no primeiro semestre de 2024. Se esta tendência continuar, o EI irá mais do que duplicar o número de ataques que realizou no Iraque e na Síria no ano anterior.

O Estao Islâmico em todo o mundo 

Os combatentes do EI no Iraque e na Síria também estão tentando libertar antigos companheiros da prisão e planejando ataques em outros países.

Durante seus anos no poder, a liderança do EI também implantou filiais em outras partes do mundo.

Uma das mais notáveis é a Província de Khorasan do Estado Islâmico (ISKP da sigla em Inglês), com sede no Afeganistão e ativa no Irã e no Paquistão.

O ISKP é considerado o ramo mais ativo do EI no planejamento de ataques contra o Ocidente. Acredita-se também que tenham sido combatentes do ISKP que mataram 145 pessoas em um ataque a uma sala de concertos perto de Moscovo, em março.

O número de ataques perpetrados pelo Estao Islâmico de Moçambique (ISM da sigla em Inglês) na província de Cabo Delgado, no norte daquele país, também aumentou em 2024 em relação ao ano anterior.

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O Ajuda Barnabas prestou socorro emergencial aos Cristãos em Burkina Faso afetados pela violência terrorista. Atualmente o Estado Islâmico controla cerca de 40% do território do país

O ISM é fortalecido por combatentes afiliados à Província do Estado Islâmico da África Central (também conhecido como Forças Democráticas Aliadas) que viajaram para Cabo Delgado originários do nordeste da República Democrática do Congo.

“Os combatentes Islâmicos parecem se movimentar livremente entre os dois cenários de guerra,” disse o professor Fernando Cardoso, especialista em geopolítica.

“Muitos destes combatentes jihadistas fortemente armados, que estão causando estragos nas províncias Congolesas orientais de Ituri e Kivu do Norte, têm fugido cada vez mais para a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, nos últimos meses,” continuou.

“Lá, eles perseguem os seus objetivos políticos de acordo com um roteiro ditado pelo Estado Islâmico. Segundo o EI, Cabo Delgado deverá ser integrado em um califado a ser estabelecido ao longo de toda a costa Suaíli.”

Em outros lugares, através de sua provínicia do Estado Islâmico do Sahara, atualmente o EI controla mais de 40% do território de Burkina Faso.

Respondendo em oração

Especialistas apontam a área tríplice fronteiriça de Burkina Faso, Mali e Níger como um local potencial para um “centro de liderança” do EI, dado o sucesso que o EI tem desfrutado na região. Pelo menos 15 Cristãos foram mortos em um ataque Islâmico a uma igreja nesta região em fevereiro.

Todos os tipos de pessoas estão em risco devido ao EI, incluindo os Muçulmanos. No entanto, deve se notar que a propaganda do EI sente um prazer particularmente doentio no massacre de Cristãos.

Esta persistência e ressurgimento deste mal é motivo de preocupação. Mas, como Cristãos, devemos responder com oração e não com ansiedade. Precisamos nos lembrar de confiar em nosso Soberano Senhor.

Por favor, junte-se a nós em oração para que os planos do EI de subjugar e matar não resultem em nada. Ore especialmente pelos Cristãos na África, na Ásia e no Oriente Médio que estão entre aqueles particularmente em risco. Peça que o Senhor proteja Seu povo e defenda Sua própria glória, assim como Ele prometeu.

“O SENHOR é refúgio para os oprimidos, sim, um refúgio em tempos de angústia. Os que conhecem o teu nome confiam em ti, pois tu, SENHOR, jamais abandonas os que te buscam.”

Salmo 9.9-10